Para conhecer os bons grupos vocais desse mundo...
O Swingle Singers é um dos conjuntos vocais mais
conhecidos do mundo. Criado na França em 1962 por Ward Swingle, tem um história
interessante: originalmente o grupo começou como um conjunto de cantores que
faziam background para cantores como Charles Aznavour e Edith Piaff. Eles
utilizavam o Cravo Bem Temperado de Bach para se exercitarem em conjunto, e
aconteceu de perceberem que aquela música tinha um suingue natural. Gravaram,
então, o disco Jazz Sebastian Bach como um presente para amigos e parentes. Muitas
rádios começaram a tocar as faixas, tornando-os famosos. Gravaram mais discos e
ganharam um total de cinco Grammy Awards.
Em 1973, o grupo original se desfez e Ward Swingle
se mudou para Londres, onde reformulou o grupo que passou a se chamar Swingle
II. Mais tarde gravaram e se apresentaram com o nome de The Swingles, depois
The New Swingles Singers e finalmente, como era no princípio, The Swingle
Singers. Desde então o grupo nunca mais se desfez. Membros têm ido e vindo e
novos cantores passaram a tomar partes na formação que se seguiu.
Na década de 1990, Moses Hogan organizou uma série
de Negros Spirituals arranjados por vários dos importantes compositores
americanos responsáveis não só pelo arranjos de algumas conhecidas canções dos
negros americanos, mas também pela divulgação deste gênero, seja através da
edição de partituras, seja através de apresentações públicas ao redor do mundo.
A coletânea foi editada em um livro chamado “The Oxford Book of Spirituals”.
Um dos negros é Listen
to the Lambs, arranjados por Robert NATHANIEL DETT (1882-1943), um dos mais
bem sucedidos compositores negros americanos, conhecido pelo uso de canções
populares e spirituals em composições corais e pianísticas em estilo romântico.
O trecho acima é interpretada
pelo conjunto canadense The Nathaniel Dett Chorale, um especialista em negros na atualidade,
regido por Brainerd Blyden-Taylor.
Em 2008, comemorando os 200 anos da vinda da
Família Real Portuguesa para o Brasil, o Coro Madrigale e a Orquestra Ouro
Preto, sobre a regência de Rodrigo Toffolo cantaram o Requiem do Pe. José Maurício Nunes Garcia. Esta peça foi escrita em
1816 em homenagem à rainha portuguesa D. Maria I (a louca), morta naquele ano
no Rio de Janeiro.
O Pe. José Maurício foi o principal compositor do
período de transição entre a colônia e o império, tendo sido reconhecido pelos
músicos que vieram para o Brasil com D. João VI como um grande improvisador e
músico capaz de escrever música de qualidade com muita facilidade e fluência.
Pela sua capacidade foi mestre da Capela Real (músicos a serviço do rei) no Rio
e professor do Infante D. Pedro, mais tarde D. Pedro I.
O Requiem de sua autoria é uma peça inspirada na
obra homônima do compositor austríaco W. A. Mozart, o qual o Pe. Garcia adorava
e tinha a partitura desta obra. Divido em várias partes alternadas entre coro e
solistas, é uma das obras primas da literatura sinfônico coral do Brasil.
A gravação que anexo foi feita no Palácio das
Artes (BH), em maio de 2008, sendo que a mesma obra foi apresentada, na mesma época,
em Ouro Preto e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi, sem dúvida, um belo
trabalho.
Me proponho, sempre, a falar sobre coros
e obras corais. Aproveitando um post dos últimos dias, no qual alguns leitores
me lembraram da importância de um bom início na arte do cantar em coro,
gostaria de mostrar um coro secular que tem nas vozes masculinas infantis o seu
objeto principal de trabalho. No nosso tempo, quando, de um modo geral, as
pessoas se satisfazem com um trabalho simplório de afinação infantil e
demonstração do aprendizado de um repertório sem nenhuma pretensão, não posso
deixar de sugerir que ouçam coros verdadeiros de meninos, os quais são, muitas
das vezes, superiores, em excelência, a muitos coros adultos. Isso mesmo,
crianças são capazes de fazer o impossível quando o assunto é “fazer música”.
Nem é necessário dizer que, se têm uma infância de ótimo aprendizado coral,
serão excelentes cantores quando adultos.
Como um exemplo, pergunto: quem nunca ouviu falar
nos Wiener Sängerknaben? Com esse
nome, quase todos responderão que não, mas traduzindo, eles são os “Meninos
Cantores de Viena”, um dos mais conhecidos coros de meninos do mundo. Os
garotos são selecionados principalmente da Áustria, país sede do conjunto, mas
também de muitas outras nações, e são entrevistados individualmente. Eles são
conhecidos por seu padrão vocal excessivamente alto. Os meninos recebem uma
sólida formação musical, tendo alguns deles sido grandes compositores e
regentes no restante de suas vidas. Salientam-se: Jacobus Gallus, Franz
Schubert, Hans Richter, Felix Mottl e Clemens Krauss.
Na época dos grandes compositores clássicos atingiu
uma perfeição antes desconhecida. Seu trabalho foi interrompido pela Primeira
Guerra Mundial, mas retornaram em 1924 como um grupo profissional, graças ao
seu reitor, Josef Schnitt. Desde 1948 o Palais Augarten é a sua sede, com o
ensino que vai da creche até o ensino médio. O coro pertence à escola onde,
além de aprenderem música, fazem os estudos do ensino secundário, ou aprendem
um ofício. O palácio tem todas as condições de uma escola moderna. O número de
candidatos a cada ano é enorme. O coral é uma organização privada, sem fins
lucrativos. Há cerca de uma centena de coralistas de 10 a 14 anos. As crianças
são divididas em 4 grupos que proporcionam cerca de 300 apresentações anuais,
sendo assistidos por quase meio milhão de espectadores.
Sempre acreditei que um maestro de coro tem que ter
seus objetos de desejo, ou seja, coros que sejam referenciais a serem
alcançados. Na história do Madrigale, coro que rejo, vários foram os conjuntos
que me serviram como referenciais de sonoridade, organização, repertório, etc.
Um, no entanto, foi extremamente importante, anos atrás, como modelo e exemplo,
na primeira história do Coro Madrigale e na formação do maestro: o Coro de
Câmara de Lisboa.
Em 1993, eu fui informado que um coro de Portugal,
trazido pelo salutar contato da maestrina Elza do Val Gomes e do Coral Júlia
Pardini, iria se apresentar no Palácio das Artes de Belo Horizonte. Sinceramente,
não dei muita confiança. No dia seguinte, vários colegas não paravam de tecer
elogios ao belo grupo, criado e patrocinado pela Fundação Gulbekian, de
Portugal, e em excursão pelo Brasil. Fui, então, atrás do tal coro em Mariana,
lugar de sua próxima apresentação. Foi,
deveras, uma surpresa ver aquele coro, composto de 16 integrantes, cantando em
meia lua, com um repertório que ia da renascença ao século XX, com uma precisão
e sonoridade que era justamente aquilo que eu buscava para o jovem coro que eu
criara.
A partir daquela referência, foi um estudo intenso
de vários aspectos corais. Tive um dos seus discos como referencial, do qual eu
aprendi a essência de peças como Alleluia,
de Thompson, O Magnum Mysterium, de
D. Pedro de Cristo, Lux Aeterna, de
Ligetti. Enfim, foi uma luz surgida num momento em que era necessária, e eu fui
atrás dela montando o Madrigale à maneira daquele coro.
Por anos eu busquei notícias deles, sempre sendo
informado de que eles estavam em plena atividade na sua terra natal, mas que
não se preocupavam muito com a divulgação internética dos nossos tempos. No
entanto, eis que achei este vídeo, com o qual eu lhes apresento o Coro de
Câmara de Lisboa, cantando o Alleluia de Thompson.
Vocês sabem o que é um madrigal? Como, normalmente,
a resposta é não, permitam-me falar um pouco sobre a formação coral e o gênero.
Tomando como base a formação coral, diz-se que um
madrigal é um coro pequeno, de até 24 cantores. Além disso, por ser um grupo de
câmara, tem por especialidade cantar peças da renascença, sobretudo
madrigais!!! Uma explicação genérica e não funcional, já que muitos “Madrigais”
têm especificidades completamente fora desse padrão. A compreensão do gênero
pode ajudar num conceituação? Acredito que sim.
Então, musicalmente, MADRIGAL é uma composição
musical vocal profana, da Renascença ou do primeiro barroco. No madrigal, o
compositor tenta expressar as emoções contidas em cada linha, e algumas vezes
em palavras individuais, de um poema célebre. O gênero madrigal, apesar
de ser encontrado em diversas regiões da Europa, inclusive no território
português,[1] não
está muito presente na tradição da música brasileira. Contudo, ele guarda em si
um elemento que provocou uma revolução na maneira de compor música a partir do
século XVII e que por isso lhe dá a universalidade: a expressividade. Saindo da
Alta Renascença, em que a música coral era parte integrante da liturgia da
Igreja Católica, e considerando que até então o coro era o principal
instrumento de execução musical, ocorre uma modificação no papel dos
compositores, os quais são levados a se adequar a uma nova maneira de produção
musical provocada pela secularização da cultura musical.[2]
Com efeito, no mundo litúrgico, o
que se esperava do compositor era a composição de uma obra musical que não
tivesse grandes relações de modificação expressiva nem tensões musicais, para
que a execução não interferisse no momento de oração daqueles que ouviam a
música. Já no mundo profano, o que se esperava era justamente o oposto, ou
seja, a criação de imagens e o estímulo das sensações pela representação, em
música, daquilo que poetas representavam com palavras. Deveriam os cantores, a
partir daquele momento, que se constituiu no início do Barroco em música,
empenhar-se na tentativa de reprodução, através de fórmulas musicais, das
diversas tensões que o compositor, particularmente, sentia ao ler e interpretar
um texto. O conceito de interpretação através dos sons, a expressividade em
música, provocou a revolução que nos conduziria à música puramente instrumental
e à individualização do músico e de sua obra de arte. Cria-se o conceito de
artista em música e a mesma deixa de ser funcional para ser um objeto de arte.
Também se inicia, aí, o conceito de música de câmara, trazendo
até nós a denominação referente à execução de música para um nobre ou para um
conjunto de apreciadores musicais que podiam pagar para ter uma capela musical[3] em sua
casa. Considera-se, então, música de
câmara aquela executada por um pequeno conjunto de cantores ou músicos para
um pequeno grupo de ouvintes. Porém a principal modificação de execução musical
não reside nessa estruturação, mas na modificação do papel do compositor,
visível quando o comparamos ao estatuto de que gozava o autor da música
litúrgica até então.
Então, pensando num agrupamento
coral, um madrigal não deve ser caracterizado exclusivamente pelo número de
cantores, mas também pelo repertório, pela característica camerística e pela
capacidade de de interpretar obras expressivas. Mas, não são todas as obras
musicais expressivas? Se você se fez essa pergunta, leia o texto novamente.
Observem
como Monteverdi explora as palavras no madrigal “Io mi son giovinetta” criando
floreios representativos:
"Eu sou uma jovenzinha,
e rio e canto na nova estação.
Cantava a minha doce pastorela
quando subitamente
em resposta àquela canção, o meu coração
cantou qual um passarinho belo e feliz:"
"Eu também sou um jovenzinho
e rio e canto à gentil e bela
primavera do amor
que nos teu belos olhos floresce." E ela diz:
"Fuja, se você é sábio," disse, "do
ardor;
fuja, pois neste raio
não haverá mais primavera para ti."
- Guarini (?) –
[1] Os
portugueses escreviam
principalmente peças eclesiásticas; os poucos madrigais que sobreviveram ao
grande terremoto de 1725, em sua maioria em idioma castelhano, ficaram
guardados na torre do Tombo e atualmente ainda estão sendo descobertos. A
prioridade nas edições modernas, todavia, segue sendo a música sacra.
[2]
Considera-se que a Renascença musical vai do século XII, quando as práticas
contrapontísticas são desenvolvidas, sobretudo em Paris, com a Escola de Notre
Dame, a qual teve como expoentes Léonin e Pérotin, até o final do século XVI,
quando o sistema modal é substituído pelo tonal.
[3]
Conjunto de músicos profissionais mantidos por um mecenas para composição e
execução de música particular.
Esse post vem completar o que escrevi no último dia 29/12. Em 2011, escrevi o texto abaixo reclamando de um aumento de quantidade e decaimento de qualidade. Ora, não é que um trabalho de vários conseguiu, a meu ver, reverter uma curva e nos dar um alento naquilo que consideramos importante, que é a boa qualidade dos coros e, consequentemente, do movimento coral em nossa cidade? Que continue assim, torço. Mas não vou me descuidar desse texto, pois ainda não acho que possamos nos descuidar.
"Belo Horizonte já foi o grande referencial de coros
deste nosso país, principalmente pela existência, há algumas décadas atrás de
um número expressivo de bons coros, dos quais cito alguns: Ars Nova, Madrigal
Renascentista, Júlia Pardini, Usiminas, Assefaz, etc... No entanto, vivemos, no
presente, momento, um decaimento vertiginoso da qualidade do nosso produto
coral, já que alguns coros já se acabaram e outros amargam o esquecimento e a
grande dificuldade de conseguirem bons cantores. Se não bons cantores, pelo
menos a dificuldade é grande de se conseguirem cantores dispostos a realizarem
um trabalho sério.
Há motivos claros para isto? Seria a política
cultural? Seriam os festivais de coros de cunho turístico feitos por várias
cidades e alguns coros e regentes oportunistas destas mesmas cidades, os quais
os organizam? Seriam os professores de canto que ainda acreditam que os seus
alunos estragarão suas belas vozes cantando em um coro? Seria a necessidade
cada vez maior de bolsas e/ou salários que sustentem este mundo de cantores
ditos profissionais que existe no nosso meio? O que será? Recebo notícias
fresquinhas de que está acontecendo o mesmo fenômeno na Europa. Seria, então, a
crise? Difícil saber.
Há 15 anos, quando da tentativa de melhor o padrão
geral dos coros em nossa cidade, eu avisei a alguns que tomassem muito cuidado,
pois a desmedida busca pela melhoria geral poderia trazer conseqüências para o
futuro, já que o movimento de formação constante de cantores, proporcionada
pelos coros menores em direção aos maiores e mais desenvolvidos, sempre foi a
grande riqueza coral de nossas Minas Gerais. Nem mesmo eu podia imaginar que o
resultado seria tão catastrófico. Onde estão os bons coristas de minha terra?
Olhem para trás, meninos, pois nós já fomos os mais disputados deste país.
Nossos melhores cantores (solistas) saíram dos melhores coros. Acordem!!!"
De tempos em tempos há que se lembrar deste que foi
o nosso regente maior na arte coral. À frente do Ars Nova, Carlos Alberto era
um leão quando se tratava de peças de efeitos, e uma figura humana da maior
doçura quando o assunto era a expressividade. Isto podemos ver nesta obra-prima
em duas partes, criada por ele, que é o Agnus Dei e o belíssimo Dona nobis
pacem, partes finais da incrível Missa Afro-Brasileira de batuque e acalanto,
escrita em 1971.
O Agnus Dei divide suas duas partes entre ritmos
baseados no samba-canção, sendo que as melodias são acompanhadas ritmicamente
pelas vozes graves, com os baixos se comportando como verdadeiras notas graves
de violão. Acrescente um pandeiro e tudo está no lugar.
O Dona nobis é uma oração, onde o compositor cria
musicalmente a essência para o texto que suplica a Deus que nos dê paz. Mas,
como Carlos Alberto escreve na introdução da missa, impossível manter um clima
pacífico até o fim, sendo que as conturbações deste mundo, e do nosso tempo,
exigem que o nosso grito seja ouvido, talvez com a intenção de acordar aqueles
que teimam em não ter fé, conturbando mais ainda este mundo.
Aproveito o espaço de férias para falar sobre obras corais, maestros e coros diversos, do Brasil e do resto do mundo. Espero que aproveitem e compartilhem.
Cloudburst (aguaceiro) é uma das mais famosas
composições de Eric Whitacre, escrita em 1992, quando o compositor tinha 22
anos. É escrita para coro a oito vozes, acompanhado de piano e percussão. O
texto é do poema El Cántaro Roto, de Octavio Paz, adaptado por Whitacre.
A peça foi escrita para a maestrina Jocelyn Jensen
e durava aproximadamente 10 minutos em sua versão original, mas foi encurtada
para sua versão definitiva, a qual foi publicada em 1995. Uma versão para banda
sinfônica foi feita pelo compositor em 2001. Apreciem!!!
A chuva ...
Olhos de água de sombra
Olhos de água de poço
Olhos de água de sonho.
Sóis azuis, verdes redemoinhos,
Bicos de pássaros de luz a picar e a abrir
estrelas-romãs.
Diz-me, terra queimada, não há água?
Só há sangue, só há pó,
Somente pegadas de pés descalços sobre os espinhos?
A chuva desperta...
Temos que dormir com os olhos abertos,
Temos que sonhar com as mãos,
Temos que sonhar os sonhos de um rio em busca do
seu curso,
Começando
o ano, ofereço a todos essa tão linda obra de Johann Sebastian Bach: Jesus,
alegria dos homens (Jesus, bleibet meine Freude).
Herz und
Mund und Tat und Leben ("Coração e boca e ações e
vida"), BWV 147a, é uma cantata de Johann Sebastian Bach,
composta por ocasião da festa da Visitação da Virgem Maria (a Isabel), em
Leipzig, em1723, embora já existisse numa versão anterior, ligeiramente
diferente, de 1716. Apesar de ter a numeração BWV 147 no catálogo completo
de suas obras, foi, na verdade, a 32ª cantata composta por Bach — entre as
que sobreviveram. Bach escreveu um total de 200 cantatas durante sua estada em
Leipzig, principalmente para atender à demanda das igrejas locais, que era de
quase 60 cantatas diferentes por ano.
A
partitura original desta cantata está autografada e datada para a primeira
performance no dia 2 de julho de 1723, inusitadamente, uma cópia muito limpa e
sem correções. A primeira página da Cantata pode ter sido datada de 1716 e
contém o original do 1º. Movimento – sem quaisquer mudanças – como composto por
Bach (Cantata Weimar Advent), conhecido como VWV 147ª. Esta partitura ficou na
posse de seu filho Carl Philipp Emanuel Bach. O restante original, da Cantata
147a (da qual Bach transcreveu o restante sobrevivente, BWV 147), ficou em
posse de seu outro filho, Wilhelm Friedrich Bach e, mais tarde, desapareceu
para sempre.
O
Choral (hino) final desta Cantata é o tão conhecido “Jesus, alegria dos homens”.
Esse hino é executado duas vezes ao longo da obra, sendo que da primeira vez
tem o seguinte texto:
Bem
aventurado sou, porque tenho Jesus.
Oh,
quão firmemente eu o seguro,
Para
que traga refrigério ao meu coração,
Quando
estou triste e abatido.
Eu
tenho Jesus, que me ama
e a
si mesmo se entregou por mim.
Ah!
Por isso não o deixarei,
mesmo
que meu coração se quebre.
O
segundo texto é o que está na legenda da execução do Coro Madrigale e Orquestra
Sinfônica de Minas Gerais.