Descobri que vários alunos dos cursos
superiores de música não sabem cantar o Hino Nacional Brasileiro. Como assim,
não sabem cantar o Hino? Isso mesmo. Não sabem. (Estou reafirmando porque esse
“óbvio” é extensível a vários que estão lendo este post, pois sei que muitos
também não sabem)
Lá pelos idos de 1970, 1980, a gente era
obrigado a aprender utilizando a contracapa dos cadernos escolares. Lembram-se?
A gente não podia errar. É certo que não entendíamos nada do “se o penhor dessa
igualdade” ou “o lábaro que ostentas”, mas a gente tinha que fazer certinho.
Aí vieram os 1990 e 2000 e o glorioso
ficou démodé. Os novos passaram a
acreditar que não valia a pena aprender aquela música enorme, com aquele texto
maior ainda e sem sentido nenhum. “Não nos diz nada”, dizem até hoje. E talvez
vários que estão lendo vão confirmar esse pensamento.
Então, que venha o pensamento do músico
professor. Meus caros, essa música continua sendo ensinada pelo Brasil a fora,
por muitos que não sabem cantar direito, nem explicam do que se trata. Dessa
mesma forma, várias outras músicas são ensinadas, sem um devido respeito à
partitura, ao texto, à afinação, à dinâmica, etc. E entendam que esses alunos
são futuros professores que terão que ensinar como se faz.
Para que os novos aprendam a estudar uma
partitura e ensiná-la direito, me propus a trabalhar com eles o Hino Nacional
completinho. Será um modelo para o processo de aprendizado de partitura. Daqui
a algumas semanas, cantarão para toda a Escola de Música, de cor. E para que
provem que sabem fazer mesmo, o regente será um aluno argentino que é da mesma
turma. Filmarei e mostrarei a todos. Aguardem.
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