terça-feira, 12 de abril de 2016

Novas peças corais: I Cannot Dance


O compositor, regente e cantor canadense Larry Nickel escreveu, em 2015, a peça I Cannot Dance para ser estreada pelo Salt Lake Vocal Artists. A obra impressiona pela maneira como explora os registros vocais sem estressá-los, o que é marca daqueles que sabem escrever bem para o instrumento coral.

Mais de uma vez, escrevi sobre esse impressionante coro e seu diretor, o maestro Brady Allred. Além de se apresentar em várias partes dos Estados Unidos, realizam regulares turnês à Europa, onde apresentam novas obras do repertório coral.


Também, muitas vezes ao me referir ao Salt Lake Vocal Artists, chamo a atenção ao posicionamento ideal dos microfones para a gravação de coros. Observem a sonoridade plena captada.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

Fotos do 4 Cantos BDMG


Uma bela noite. Uma bela cantoria coral.
Não podia ter sido melhor o início da temporada de apresentações do Coral BDMG, abrilhantada pela participação especial dos Corais: Copasa, Melodia e São Tiago.
Um retorno ao coreto, lugar correto para apresentações musicais na praça.

Aqui, algumas fotos tiradas pelo Vinícius Peroni.






quinta-feira, 7 de abril de 2016

Quem sabe cantar o Hino?


Descobri que vários alunos dos cursos superiores de música não sabem cantar o Hino Nacional Brasileiro. Como assim, não sabem cantar o Hino? Isso mesmo. Não sabem. (Estou reafirmando porque esse “óbvio” é extensível a vários que estão lendo este post, pois sei que muitos também não sabem)

Lá pelos idos de 1970, 1980, a gente era obrigado a aprender utilizando a contracapa dos cadernos escolares. Lembram-se? A gente não podia errar. É certo que não entendíamos nada do “se o penhor dessa igualdade” ou “o lábaro que ostentas”, mas a gente tinha que fazer certinho.

Aí vieram os 1990 e 2000 e o glorioso ficou démodé. Os novos passaram a acreditar que não valia a pena aprender aquela música enorme, com aquele texto maior ainda e sem sentido nenhum. “Não nos diz nada”, dizem até hoje. E talvez vários que estão lendo vão confirmar esse pensamento.

Então, que venha o pensamento do músico professor. Meus caros, essa música continua sendo ensinada pelo Brasil a fora, por muitos que não sabem cantar direito, nem explicam do que se trata. Dessa mesma forma, várias outras músicas são ensinadas, sem um devido respeito à partitura, ao texto, à afinação, à dinâmica, etc. E entendam que esses alunos são futuros professores que terão que ensinar como se faz.


Para que os novos aprendam a estudar uma partitura e ensiná-la direito, me propus a trabalhar com eles o Hino Nacional completinho. Será um modelo para o processo de aprendizado de partitura. Daqui a algumas semanas, cantarão para toda a Escola de Música, de cor. E para que provem que sabem fazer mesmo, o regente será um aluno argentino que é da mesma turma. Filmarei e mostrarei a todos. Aguardem.


terça-feira, 5 de abril de 2016

Ah, esses jovens...


Noutro dia, ouvi um jovem músico dizendo: estou desanimado. Já estudei tanto e não consigo nada na minha área.

Quanto anos tem o mancebo? 18.... e por isso aqui reflito:

Sou de um tempo (ah! Em outros tempos eu achava que jamais diria isso) em que nós, alunos músicos, lutávamos para, simplesmente, frequentar a aula, ou participar do trabalho do professor X, ou Y.

Sou de um tempo em que o aprendizado era visto como essencial para uma escalada numa profissão ainda tida como supérflua e excêntrica.

Sou de um tempo em que a paixão pela música nos movia de uma maneira tal que enfrentávamos o mundo inteiro para sermos aceitos como respeitáveis dentro da profissão que escolhemos. Tínhamos que merecer um lugar junto a um conjunto de músicos que, para nós, eram o supra-sumo de um conhecimento e que almejávamos, um dia, chegarmos perto do que eles eram e significavam.

Ah! Mas os tempos são outros. Passados. E hoje, que poderíamos nos considerar herdeiros daquela geração que nos preparou, nos vemos no meio de uma nova geração que, por si só, são músicos qualificados e que assumem o mercado de uma maneira voraz e impura. Impura porque, despreparados, se julgam capazes de serem marqueteiros, propagandistas, administradores e... músicos.

Chamam-nos de camaradas, colegas, e se dizem muito bons no que fazem (e são mesmo). Mas se esquecem de que os maravilhosos cachês de um começo não significam muito numa trajetória musical, e aí eu vejo vários caindo pelo caminho, sem perspectiva, sem objetivo. Seria isso porque se esqueceram da paixão que os impulsionou a seguir o caminho da música? Ou seria um modismo de produção de “artistas” no nosso tempo. Meu Deus!!! Como temos artistas nesse nosso tempo!!!

Magnani fazia uma distinção entre um instrumentista e um músico. Para ele a diferença entre um e outro estava na busca constante, por parte do segundo, de uma formação intelectual, humana e espiritual, que possibilitasse a ele uma compreensão do universo musical, e que o tornasse independente de outro músico (professor) na elaboração do discurso musical. A música para além da técnica. A técnica a serviço da música, e do que de melhor se pode buscar nela.

Ser instrumentista é relativamente fácil comparado com o ser músico, e aqui, só quem é músico sabe do que estou falando. Mas, como algo inerente à juventude, paciência é uma palavra que está cada vez menos na mente, e no coração, daqueles que escolheram uma profissão extremamente difícil e que exige um aprimoramento diário, para além das escalas e arpejos.

Jovens, vocês que começam, sigam um conselho precioso: na nossa profissão é necessário termos sabedoria. Acalmem-se. Progridam. Amadureçam. Tenham paciência. Aprimorem-se tecnicamente, mas aguardem um amadurecimento que só vem com o tempo e com muito, muito estudo. Vocês querem tudo muito rápido e não é assim que se faz música.


Você que tem os seus 18 anos, acalme-se, pois não falta muito. Quem sabe aos 78 tudo se resolve? Ou na próxima encarnação? Tenha calma.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Mais uma edição do 4 Cantos


E lá se vão 22 anos que o Coral BDMG promove esse evento de importância para o cenário da música coral: o 4 Cantos – Coral na Praça. Comigo, são 12 anos.

A fórmula é simples: de abril a setembro, por causa do período de chuvas, outros três corais se juntam ao BDMG para uma noite de canto coral na Praça da Liberdade. 4 Corais, 4 peças musicais de cada um. E ao longo desses vários anos, vários grandes grupos se apresentaram, grandes maestros e solistas, pianistas acompanhadores. Mas também, lá vimos surgir novos grupos, pois foram muitos que no projeto fizeram a sua primeira apresentação. E também novos regentes, que hoje já não são jovens se analisarmos a idade do evento.

Nem sempre aconteceu na Praça da Liberdade, pois em alguns anos ela esteve fechada para reformas. E a Praça da Assembléia e a Basílica de Lourdes nos ajudaram no intermezzo. Mas sempre ali no entorno, chamando a atenção para a bela praça e seu belo coreto.


E para mais um ano de corais na praça, lá estaremos no dia 07 de abril, às 19:30. Venham nos prestigiar!!!


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Disney a cappella para o fim de semana

Bons cantores, bons arranjos, bom equipamento de gravação e, sem esquecer, um bom engenheiro de gravação. Que resultado se pode ter de uma boa combinação?

Que tal ouvir The Magic of Voices nesse fim de semana e se embevecer um pouco com suas versões de peças musicais da Disney?


Divirtam-se!!!


Disney Fly Medley



A whole new world



Disney Love Medley



Once upon a dream



When you wish upon a star


Um ótimo fim de semana a todos!!!