Em novembro de 2020, quando gravamos esta versão virtual de The Battle of Jericho, o mundo era outro. Estávamos sem vacinas, sem encontros presenciais, tentando manter alguma normalidade em meio a incertezas diárias. E no texto que acompanhava o vídeo, escrevemos:
“Estamos chegando ao fim de 2020 com nossas trombetas a postos para derrubar as muralhas que ainda restam.”
Era exatamente isso: um tempo de sobrevivência, mas também
de crença no que viria.
O arranjo de Moses Hogan para este spiritual tradicional carrega essa força simbólica: a ideia de que uma comunidade que canta junto, mesmo separada fisicamente, pode mover estruturas. Cinco anos se passaram. As muralhas daquele tempo ficaram
para trás, outras surgiram no caminho: internas, externas, visíveis ou
silenciosas. E seguimos, como sempre, construindo pontes pela música e
aprendendo a reconhecer o que precisa cair para que algo novo possa nascer.
Hoje, a memória do vídeo me lembra da capacidade de resistir, mas também da coragem de escolher o que não faz mais sentido sustentar. Às vésperas de um novo ano, revisitar The Battle of Jericho é perguntar a mim(nós) mesmo(s): quais muralhas ainda precisam ser derrubadas para que o próximo tempo seja mais leve, mais justo, mais verdadeiro?
Apreciem novamente. E sigamos atentos, firmes e dispostos ao movimento.
🎬 Coro
Madrigale - The Battle of Jericho
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