Ah!
Como é bom ver crianças cantando assim. Ultimamente, com o interesse das
escolas em terem suas crianças cantando (se apresentando), têm surgido, salvo
algumas exceções, vários coros de crianças com uma qualidade, no mínimo,
duvidosa. Na maioria do caso, sempre é possível afirmar que o problema está
quase sempre na pecinha; na pecinha que fica à frente do coro.
Perdoem-me
a ironia, mas tendo uma formação de menino cantor, sempre entendi que das
coisas mais difíceis que existem é o trabalho com vozes infantis. Com certeza,
é muito mais complexo do o que o trabalho com vozes adultas, e muitos dos que
se arriscam a trabalhar com crianças não têm a devida formação para tal.
O
que tenho percebido, ultimamente, aqui na nossa terra: tons errados; naipes mal
classificados; repertórios inadequados; desconhecimento das melhores regiões
vocais infantis; maior preocupação com o teatro do que a música; pouca
disposição em educar musicalmente as crianças. E, agora, com a valorização
televisiva do espetáculo infantil (que muitas das vezes é infanto-juvenil),
surge um novo complicador, mas discutir esse ponto é complicado quando os meios
midiáticos dão a qualquer um a capacitação e o conhecimento. Enfim, crianças
cantoras podem fazer qualquer coisa quando bem educadas vocal e musicalmente.
Além disso, se bons cantores são formados na infância, melhores os cantores que
uma cidade, região ou país terão. Isto não quer dizer que os meninos têm que
cantar notas agudas ou graves, mas cantar da maneira correta.
Uma
pena! Muito a falar, mas pouco espaço, mas fica um recado: atentem-se todos com
as formações que podem prejudicar as vozes infantis, pois disto dependem o
coros adultos do futuro (e os solistas também).
Coincidentemente, ontem o tema de minha conversa com a recém chegada ao Coro Madrigale, Dayse Garcia (https://goo.gl/oLqidx), foi sobre a formação musical das crianças, ela que é educadora musical e que começa com bebês a partir dos 6 meses. Enchi ela de pergunta para entender como é a aula de música para bebês. Fique tranquilo, ela não tenta ensinar Axé ou funk melody... os exercícios, sempre lúdicos, colocam as crianças em contato com elementos da música como grave, agudo, melodia, ritmo e não tem objetivo de "lançar" uma "The Voice Kids".
ResponderExcluirMas ainda assim, tem essas crianças que você citou dos corais infanto-juvenil mais chance de serem musicalizadas e, no mínimo, tornarem-se apreciadoras de boa música, do que aquelas com menor poder aquisitivo e fadadas a estudar em escolas públicas com poucos recursos, técnicos e humanos. Sobre isso aliás escreveu ontem, emocionantemente o Daniel Rezende, no facebook... vale a pena ler aqui: https://goo.gl/7LmMLp