quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Que seus sonhos...

O ano termina e é momento de reflexão, com relação ao que vai ficando para trás, e renovação de esperanças, objetivando um futuro sempre melhor. É momento de cada um olhar para sua estrela e pedir, com fé e vontade, aquilo que mais quer para a realização dos seus sonhos. A vocês, eu ofereço essa bela canção que será um guia para aprenderem como se faz:



“When You Wish upon a Star”é uma canção escrita por Leigh Harline e Ned Washington para o filme Pinocchio, de Walt Disney, em 1940. A versão original da canção foi cantada por Cliff Edwards na caracterização do Grilo Falante (Jimini Cricket), ouvida na abertura e no final do filme. Tornou-se a canção representativa da Walt Disney Company. Acima, o belo arranjo feito por Nancy Wertsch, cantado pelo The Salt Lake Vocal Artists no ano de 2011, na Argentina.

E aqui vai a tradução (principalmente para aqueles que acreditam nos desejos):
Quando você pede a uma estrela
Não faz diferença quem você seja
Qualquer coisa que o seu coração deseje
Virá para você

Se o seu coração está em seu sonho
Nenhum pedido é extremo demais
Quando você pede a uma estrela
Como os sonhadores fazem

O destino é amável
Ele traz para aqueles que amam
A doce satisfação
De seus segredos de amor

Oh, como um barco fora do azul
O destino caminho e vê o que você desejou
Quando você pede a uma estrela

Seus sonhos se tornam realidade.


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Sem crise coral

E em meio a uma crise, dita, aqui terminamos esse com um pulular de concertos acontecendo em Belo Horizonte. Longe do que se poderia pensar, foram concertos de envergadura, com bons repertórios e com uma valorização do canto coral, o que está completamente de acordo, na minha modesta opinião, com o tempo de fechamento e de comunhão reflexiva de final de ano.

Claro que me esquecerei de muitos, pois não consigo estar em todos os lugares e compartilhar de todas as informações, mas vejam que profusão: uma cantata reunindo coros e algo em torno de 300 cantores (Cantata da ALMG); o Ars Nova apresentou Bach e Vivaldi; o Coral BDMG em fechamento de natal; o Madrigale com a renovação da tradição de natal, apresentou o Magnificat, de John Rutter; a Filarmônica apresentou a Fantasia Coral e a Nona Sinfonia, de Beethoven; e a Sinfônica com uma seleção de obras eruditas fechou um ano intenso, ambos os grupos tendo o Coro Lírico como instrumento coral. Isso sem falar nos muitos concertos sendo realizados em igrejas e teatros. Como reclamar? A música está forte em BH e isso é bom.


E que eu não me esqueça dos muitos coros e solistas se apresentando em teatros e igrejas não só em BH, mas nas muitas cidades do complexo municipal, a Grande BH. Torço para que os mesmos continuem em 2016, mas que seja nas mesmas condições, ou seja, com uma exigência de qualidade cada vez maior. E que não demore muito o início da temporada do próximo ano. 

Vamos lá! Abram a boca e cantem!!!


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Uma senhora compositora

Olá a todos!!!
Continuando a série sobre compositores do nosso tempo, apresento Thea Musgrave.

Uma rica e poderosa linguagem musical e um forte senso dramático têm feito dessa musicista uma das mais respeitadas e excitantes compositoras contemporâneas no mundo ocidental. Suas obras têm sido executadas em grandes salas de concerto, festivais e na mídia europeia e americana.

Nascida em Edinburgo (Escócia), em 1928, estudou com Nadia Boulanger e mais tarde com Aaron Copland. Desde 1970, quando se tornou professora convidada na Universidade da California, exerce um importante papel na vida musical dos Estados Unidos.

Várias são as peças escritas para coro, com obras a cappella, com pequenos conjuntos ou com orquestra. A partir do espiritual para o absurdo, o conhecimento musical de Musgrave é extremamente amplo e ela o emprega totalmente. Um exemplo de obra coral é a coleção Underground. Ela escreveu três conjuntos com esse título, os quais exemplificam momentos de misticismo e humor. A perversamente engraçada Piranhas, extraída do segundo conjunto, descreve um tanque do peixe voraz escondido em um assento em um trem subterrâneo.





quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Gloria in excelsis Deo

Todos os que me conhecem sabem que eu gosto muito do natal. Não do natal do Papai Noel, mas do momento de reflexão e de um silêncio que só alcanço nesse momento simbólico do nascimento de Jesus. Sua presença traz significado, sentido, esperança, caminho e, sobretudo, vida. Que todos aproveitem os seus silêncios e reflitam sobre suas vidas e o sentido das mesmas. É o que desejo a todos.

Um vídeo emprestado do Madrigale e da Orquestra Ouro Preto será aqui o meu presente para todos, em toda parte.


Bom natal!!!


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Hallelujah (às vésperas do natal)

Há oito anos, o Madrigale cantava O Messias, de Haendel, no Palácio das Artes, em conjunto com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob a regência do Maestro Marcelo Ramos. Foi uma ocasião especial, pois substituíamos o Coral Lírico na programação de final de ano que cantava em São Paulo a Nona Sinfonia (concerto em conjunto com a Osesp e Coro). Dentre as muitas peças desta grande obra, o Hallelujah é sempre a mais esperada e aplaudida, apesar de não ser, na minha opinião, a melhor peça do oratório. Mas, como o sucesso de uma peça não se mede pelo gosto de um maestro, graças a Deus, valorizemos o Hallelujah que continuará vibrando em muitas ocasiões pelo mundo afora, inclusive e especialmente no natal.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Of a Rose, a lovely rose – John Rutter


Na última quinta-feira, dia 17, regi o Magnificat de John Rutter. Dentre as sete peças que compõem a obra, uma é especial pela beleza, singeleza e mensagem. Of a rose, a lovely rose foi pensada como um dos muitos cantos de natal escritos por Rutter, mas serviu também para a maior composição do Cântico de Maria.

Um texto medieval serve como base para a confecção desta bela pequena obra. Utilizando-a, o compositor trata o coro de várias maneiras diferentes, alternando solos entre as vozes masculinas e femininas, com harmonias, ora completamente modais, ora com acordes alterados e dissonantes. Descreve a importância de Maria como sendo uma sucessão de ramos. Belíssima e que vale apreciar nesse momento de antecipação do natal.



Tradução:
De uma rosa, uma linda rosa,
de uma rosa é toda a minha canção:

Ouçam-me, velhos e jovens,
Como esta rosa começou a florir;
Uma mais justa rosa para o meu gosto
Em todo o mundo eu não conheço igual.

De uma rosa, uma linda rosa,
de uma rosa é toda a minha canção:

Cinco ramos daquela rosa haviam,
Os quais eram justos e brilhantes;
A rosa é chamada Maria, rainha dos céus.
Do seu seio uma flor nasceu.

O primeiro ramo era de grande honra:
Que a abençoada Maria deveria suportar a flor;
Veio um anjo das torres do céu

Para quebrar os laços do demônio.
O segundo ramo era poderoso,
Que se espalhou sobre a noite de natal;
A estrela brilhou sobre o brilho de Belém,
Para que o homem veja dia e noite.

De uma rosa, uma linda rosa,
de uma rosa é toda a minha canção:

O terceiro ramo se espalhou e propagou;
Três reis então o ramo conduziu
Até nossa Senhora em seu parto;
Naquele ramo se espalhou corretamente.

O quarto ramo se estendeu ao inferno
Para derrubar o poder do demônio:
Para que nenhuma alma deveria habitar,
O ramo tão abençoadamente se espalhou.
O quinto ramo era tão doce,
Ele espalhou ao céu, sementes e raízes,
Para aí habitar e ser nossa salvação:
Então, felizmente ele se espalhou.

De uma rosa, uma linda rosa,
de uma rosa é toda a minha canção:

Oremos a ela com grande honra,
Ela que suportou a flor abençoada,
Para ser nosso auxílio e nosso socorro,

E para nos proteger dos laços do inimigo.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Concerto de natal do Coro Madrigale

Por causa de um excesso de apresentações, o Coro Madrigale não realizou seu tradicional concerto de natal em 2014. Logo no princípio de 2015, uma das prioridades do conjunto era não repetirmos a falha nesse ano. E aqui nos realizamos, trazendo um conjunto de peças musicais que privilegiam compositores mais recentes do mundo musical. Acompanhados pela pianista Patrícia Valadão, o concerto terá o seguinte repertório:

Exsultate Deo – Alessandro Scarlatti
O Magnum Mysterium – Morten Lauridsen

Magnificat – John Rutter
-          Magnificat
-          Of a rose, a lovely rose
-          Quia fecit mihi magna
-          Et misericordia
-          Fecit potentiam
-          Esurientes
-          Gloria Patri
Solistas: Indaiara Patrocínio e Patrícia Cardoso Chaves

Ave Maria – Biebl
Sure on this shining night – Morten Lauridsen
The Lord bless you and keep you – John Rutter
Hosanna – Miklos Rosza
Noite feliz – Franz Gruber (arr: Lincoln Meirelles)
Hallelujah – G. F. Haendel

Até lá.
Catedral da Boa Viagem
17/12 – 19h30

Entrada franca


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Concerto de natal do Coral BDMG

Olás!!!
Fechando um ano de muito trabalho e evolução, o Coral BDMG interrompe suas atividades, para merecidas férias, com um concerto de natal. Foram inúmeras apresentações em Belo Horizonte e no interior de Minas Gerais, sempre valorizando a arte do canto coral através do investimento do BDMG Cultural. Que 2016 seja um ano ainda mais produtivo e artístico.

Na apresentação de hoje, o repertório será o seguinte:

Exsultate Deo – Alessandro Scarlatti
Salve Regina – Lobo de Mesquita
The Lord bless you and Keep you – John Rutter
Ave Maria – Bonaventura Somma
Creio em ti - Drake / Graham / Shial / Stillman (Luiz Aguiar)
Em memória de mim - Buryl Red/Ragan Courtney
Jesus Alegria dos Homens (Coro cantata 147) – J. S. Bach
What a wonderful world - David Weiss / Bob Thiele (Mark Brymer)
Jardim da fantasia – Paulinho Pedra Azul (arr: Devanil Leandro
É tão sublime o amor – Sammy Fain (Arr: David Reis)
Divina Música – Richard Rogers
Noite azul – Clecius e Cavalcanti (Arr: J. W. Faustini)
Noite feliz – Franz Gruber
Hallelujah – G. F. Haendel


Venham compartilhar conosco esse momento.


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Naomi Munakata demitida?

Olá a todos!!!
Comentei no Facebook sobre como considero absurda a demissão da maestrina do Coro da OSESP, Naomi Munakata. Absurda porque não aceito a justificativa de que ela não teria mais condições técnicas para fazer com que o Coro evoluísse. De qualquer forma, qual não foi minha surpresa quando algumas pessoas, do meio coral, me perguntaram de quem se tratava. Bom, como ninguém é obrigado a ter todas as informações, mesmo em tempos de excesso de dados na internet, aqui apresento a regente do coro paulista.


Naomi Munakata iniciou seus estudos musicais ao piano aos quatro anos de idade e começou a cantar aos sete, no coral regido por seu pai. Estudou ainda violino e harpa. Formou-se em Composição e Regência em 1978, pela Faculdade de Música do Instituto Musical de São Paulo, na classe de Roberto Schnorrenberg. A vocação para a regência começou a ser trabalhada em 1973, com maestros como Eleazar de Carvalho, Hugh Ross, Sérgio Magnani e John Neschling. Anos depois, essa opção lhe valeria o prêmio de Melhor Regente Coral, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte do Brasil. Estudou ainda regência, análise e contraponto com Hans Joachim Koellreutter. Como bolsista da Fundação VITAE, foi para a Suécia estudar com o maestro Eric Ericson. Em 1986, recebeu do governo japonês uma bolsa de estudos para aperfeiçoar-se em regência na Universidade de Tóquio. Foi regente assistente do Coral Paulistano e lecionou na Faculdade Santa Marcelina e na Faam.  Em 2014, Naomi Munakata recebeu o título de Regente Honorária do Coro da Osesp, como parte das comemorações dos 20 anos do grupo.

Coro da OSESP
Não há dúvidas de que se trata do melhor coro do nosso país. Criado desde o princípio da OSESP, e sob a regência, desde então, de Naomi Munakata, este coro consegue transitar facilmente entre os repertórios sinfônicos e camerísticos, com acompanhamento ou a cappella. Uma marca da modernidade dos coros. O currículo abaixo foi retirado do site da OSESP .

A combinação de um grupo de cantores com sólida formação musical com a condução de uma das principais regentes brasileiras faz do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo uma referência em música vocal no Brasil. Nas apresentações junto à Osesp, em grandes obras do repertório coral-sinfônico ou em concertos a cappella na Sala São Paulo e pelo interior do Estado, o grupo aborda diferentes períodos musicais, com ênfase aos séculos XX e XXI e às criações de compositores brasileiros como Almeida Prado, Aylton Escobar, Gilberto Mendes, Francisco Mignone, Liduíno Pitombeira, João Guilherme Ripper e Heitor Villa-Lobos.

À frente do grupo, Naomi Munakata tem regido também obras consagradas, que integram o cânone da música ocidental, como os Réquiem, de Verdi e de Mozart; a Missa em Si Menor, o Oratório de Natal e asPaixões, de Bach; o Réquiem Alemão e as canções para coro e orquestra, de Brahms. O grupo comprova sua qualidade em peças raramente apresentadas no Brasil, como a Cantata Profana, de Bartók; Chichester Psalms, de Bernstein. 

Criado como Coro Sinfônico do Estado de São Paulo em 1994, passou a se chamar Coro da Osesp em 2001. Em 2009, o Coro da Osesp lançou seu primeiro disco, Canções do Brasil, que inclui obras de Osvaldo Lacerda, Francisco Mignone, Camargo Guarnieri, Marlos Nobre, Villa-Lobos, entre outros compositores brasileiros. (1)

Retornando às minhas considerações, fico pensando como um maestrina que dedica 20 anos de sua vida musical à condução de um grupo, simplesmente é demitida sob a alegação de que tal grupo não está atingindo a qualidade exigida. Aqui cabe a consideração de que “o céu é o limite” não vale para aqueles que se preocupam com a humanização dos processos de trabalho, sobretudo quando se trata de música.

Como é possível entender que uma orquestra da estatura da OSESP não trabalhe com substituições a longo prazo? Em qualquer orquestra de renome internacional as mudanças são planejadas e contam, inclusive, com o auxílio dos maestros titulares. Bastidores complicados pode justificar tal mudança intempestiva? Poupem-me. Os bastidores nas artes são complicados sempre e em toda parte, e por isso existem administradores dos quais se espera, justamente, tenham condições para a condução de tais alternâncias de maneira a não conturbar um ambiente de excelência. Seria a idade? Em se tratando de Munakata não é o caso, e qualquer um que analisar a atividade dessa mulher nos últimos tempos atestará isto.


Infelizmente, as palavras desse maestro não modificarão nada do que já foi resolvido, mas ainda assim faço questão de registrá-las como marca do meu susto e de, talvez, indignação. (O talvez fica aqui registrado, pois o tempo pode me mostrar que há um plano bem elaborado e traçado para o que está acontecendo. Veremos.)

(1) Informaçõe extraídas do site da OSESP: www.osesp.art.br

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Concertos de Natal Coral BDMG e Madrigale

Olá!!!
Uma semana de boa programação de concertos.

Na quarta-feira, dia 16/12, o Coral BDMG apresenta o seu Concerto de natal na Basílica de Lourdes, às 19h30.



Já na quinta-feira, dia 17/12, o Coro Madrigale se apresenta na Catedral da Boa Viagem, também às 19h30.



Os dois concertos terão entrada franca e vale a pena comparar os dois maestros. Dizem que têm estilos parecidos.


Vale a pena conferir!!!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Presentes ideais para se dar a um regente de coro ao longo de sua vida

Olá a todos!!!
Não resisti e aqui republico o que escreveu o maestro Chris Rowbury em seu blog.

É natal outra vez (caso vocês não tenham notado). Os anúncios estão cheios de dicas, mas elas sempre parecem esquecer do maestros. Pode ser difícil pensar em bons presentes para seu querido maestro, mas eu estou aqui para ajudar. Aqui vão - em nenhuma ordem particular - 9 idéias de presentes perfeitos para os líderes do coro.

Uma batuta - para conduzir (reger), mas também para acertar nos cantores quando insistirem num erro. De preferência trabalhada a mão, de madeira sustentável.

Um megafone - para dar instruções audíveis aos cantores quando eles estiverem falando demais (o que acontece, basicamente, o tempo todo).

Uma massagem - para aliviar todo o estresse das vésperas de concertos importantes. E antecipando todo o estresse que virá com o próximo concerto.

Hidratantes labiais - para acalmar os lábios que foram mordidos tantas vezes na tentativa de suprimir o que eles realmente queriam dizer.

Fornecimento de café por um ano - para manter o maestro sempre esperto durante os ensaios. E talvez uma garrafa de cachaça (Canarinha) para ajudar a relaxar depois.

Um casaco brilhante - ou um chapéu com luzes intermitentes ou coisas brilhantes para usar no próximo concerto. Com isso os cantores olharão para o maestro durante a execução, ao invés de ficarem com as "caras nas pastas".

Um escravo - ou assistente pessoal para fazer anotações do que foi dito no último ensaio e para lembrá-los do que deveriam fazer em seguida.

Um implante de chip de memória - para que sejam capazes de lembrar o nome de todos os membros do coro.

Um mês de férias no Caribe - um maestro não merece nada menos por todo o trabalho abnegado que realiza, conduzindo o coro sozinho e trazendo tanta alegria para a vida das pessoas.

Não é mesmo?


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O homem dos coros virtuais

Eric Whitacre é um dos compositores mais populares e executados de nossa geração. Suas primeiras experiências cantando no coro da Faculdade de Las Vegas mudaram sua vida e ele completou sua primeira peça para este segmento com a idade de 21 anos. Estudou na Juilliard School (Nova Iorque), onde obteve seu mestrado em Música. Além disso, estudou com o vencedor do Oscar John Corigliano.


Mas, certamente, seu apogeu como compositor (até agora, pois ele é jovem) foi com o desenvolvimento do Virtual Choir, uma experiência realizada em 2009, a qual envolveu 185 vozes de 12 países. A ideia é fantástica. O compositor enviou aos que se inscreveram no projeto a partitura e um vídeo no qual está regendo a peça Lux Aurunque, de sua autoria. Cada um grava a sua parte vocal e reenvia ao compositor. É feita então uma masterização de todos os vídeos enviados, surgindo, desta forma, o Coro Virtual.


Após o sucesso da publicação virtual de Lux aurunque, Eric Whitacre produziu mais três versões do Virtual Choir:
- em 2010 - Sleep, com mais de 1500 cantores, de 58 países;


- em 2012 – Water Night, com mais de 3000 vídeos, de mais de 70 países;


- em 2013 – Fly to Paradise, com mais de 8000 vídeos, de mais de 100 países.



Mas são várias as composições do americano que se dedica especialmente à escrita coral. Dentre várias, tenho uma especial preferência por Leonardo dreams of his flying machine. Imaginem Leonardo da Vinci dormindo. No meio do seu sono ele sonha com o ar que o atormenta convidando exaustivamente a voar. Ele se sente torturado de tal forma que a única solução é resolver o enigma e descobrir como voar. Escrita em 2001 para coro e percussão, com texto de Charles Anthony Silvestri. Ao longo dos anos seguintes, a peça tem sido executada pelo mundo inteiro pelos mais variados coros, em festivais, concertos e competições.





sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Canção do Amanhecer

Para o fim de semana dos amores eu ofereço duas versões do Madrigale de “Canção do Amanhecer”, de Vinícius de Moraes e Edu Lobo, arranjo feito por Hely Drummond para as meninas do Coro.  
Até a semana que vem...




quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Viva Magnani

Olá!!!
Se o meu mestre estivesse vivo, completaria, no dia de hoje, 101 anos. Sempre a minha homenagem a esse grande homem.

Algumas frases de Magnani:
“Acho importante que se preocupem com a memória dos fatos, das pessoas, do que se passa na vida cultural. A memória recente se perde muito fácil e é justamente a mais acessível. 
A memória e a tradição é que fazem a grandeza de um povo.”

“A guerra foi o único período da vida em que vi os homens como eles são de fato. Sem hipocrisia, porque na guerra hipocrisia não adianta. Carta de deputado com metralhadora não adianta nada. Ela não lê carta de deputado nem de senador. Tudo é igual para todo mundo, quem é covarde é covarde, quem é corajoso é corajoso, quem é bom é bom, quem é ruim é ruim, e assim por diante. E vêm à tona muitas coisas boas. O melhor da humanidade, episódios de fraternidade, de compreensão e colaboração humana que eu vi durante a guerra, não vi em outros períodos da minha vida.”

“Sou autor do único livro de musicologia de um certo peso no Brasil, mas sou impedido de ensinar por falta de titulação.”

“Ser músico é dominar a linguagem musical. Quem passa o ano inteiro estudando três obras não é músico.”

“Não, é o artista, e se trata de uma forma de orgulho e que diz num certo sentido: Cheguem até mim se forem capazes. É o artista que deve chegar até a massa.”

Saudades, Maestro.


Sergio Magnani (1914-2001) iniciou os estudos de piano aos quatro anos. Depois de combater pela Itália durante a 2ª Guerra Mundial, transferiu-se para o Brasil em 1950, estabelecendo-se em Belo Horizonte. Sua estreia nos palcos de Minas aconteceu como regente na temporada lírica de 1951. Tornou-se rapidamente uma das mais importantes personalidades do meio musical e artístico, destacando-se à frente de instituições como a Sociedade Mineira de Concertos Sinfônicos ou a Sociedade Coral. Participou da fundação do coral da União Estadual dos Estudantes (que daria origem ao Ars Nova – Coral da UFMG), da Universidade Mineira de Artes e da Fundação de Educação Artística.