Meus amigos,
Sei que vários já terão visto as fotos que
aqui coloco, no Facebook, mas ainda assim insisto em trazê-las para este blog
para aqueles não viram, e também para que aqueles que viram possam ter um perspectiva um pouco
diferente a partir de uma pequena narrativa.
Lá estivemos, na Paróquia Sagrada Família,
levando um pouco da nossa música para o Padre Januário e sua comunidade.
Apresentado como um irmão do coração logo me incumbi de mostrar a todos e a ele
(surpreso) que aquele coro que ali estava era o resultado de um investimento em
um jovem maestro e na possibilidade da criação de um conjunto que se pretendia
comunitário. Ele não tinha consciência, pasmem, que o Coro Madrigale era o
fruto daquele gesto de anos passados. E lá percorremos o repertório,
aproveitando uma Ave Maria para que ele pudesse se integrar aos tenores e
cantar, embevecido na oração que para ele tem um significado para muito além do
que nós, leigos, sentimos e entendemos. E no final, ganhei o meu abraço e um
sorriso do tamanho do mundo.
No encontro de criador e criatura, do padre
e do maestro, do coro e de um público simpático uma transformação pode
acontecer quando a fruição musical acontece. Quando a música se faz presente e
alcança os corações de todos trazendo sorrisos e convidando à participação
efetiva de todos no fazer musical.
A recompensa de um artista não está, muitas
das vezes, no simples executar bem a sua arte, mas também no sorriso daquele a
quem você oferece a sua música. Entender que a satisfação plena alcançada com o
ato atingiu aquele que é merecedor do seu gesto pode ser um prêmio sublime,
ainda que fugaz. Façamos música, para além dos nossos umbigos, objetivando os
corações alheios. Façamos música entendendo que uma parte da salvação do mundo
está nela, e que a palavra, cantada, de fato tem poder.
|
Num lugar acolhedor |
|
O embevecimento do padre (no fundo) |
|
A música me enleva, emociona, impulsiona |
|
E a nós também!!! |
|
O sorriso de um coro é a certeza do dever cumprido. |
|
O prêmio da noite. |
Engraçado que há 22 anos eu canto no Madrigale sabendo que ele nasceu para cantar na comunidade de um tal Padre Januário e que, depois que aquele projeto não foi mais possível, a paixão que nos move, Madrigale, ainda hoje, já contaminara os cantores e tornara-se imortal.
ResponderExcluir