sexta-feira, 18 de março de 2016

Os solistas das 7 Palavras

As 7 Palavras, de Hostílio Soares, é uma peça de força que confronta solistas e coro. A tensão obtida na sua execução depende da interação dos mesmos, o que descobri há muito tempo, logo nas primeiras apresentações da obra. Talvez essa interdependência tenha ensinado aos coristas a compartilharem integralmente os solos com os colegas. É necessário “cantar junto”.

Em se tratando de solistas, essa obra sempre foi responsável, no Madrigale, pela apresentação de várias belas vozes ao mundo musical. Como as apresentações foram, num certo momento da história do coro, realizadas de maneira funcional, ou seja, cantada em cerimônias, os solistas eram do próprio coro. Isso me ensinou a valorizar aqueles que se iniciavam, e iniciam, na carreira musical.

Dos solistas dessa apresentação, todos tiveram a oportunidade de começarem suas apresentações com uma boa participação na obra de Hostílio. Perguntem a eles se gostam das 7 Palavras? Nossa convivência, fortalecida pelas muitas apresentações, estreitou, ao longo do tempo, nossas relações. Dos cinco, quatro são meus amigos-irmãos. A quinta caminha para tal. Que é quem?

Aproveitando dessa justificativa, permitam que eu apresente os solistas sob a perspectiva do maestro:


Indaiara Patrocínio – entrou para o Madrigale no início dos anos 2000. Sempre se destacou como um soprano de personalidade e disposta a assumir os solos mais difíceis, principalmente porque era enganada pelo maestro e não tinha consciência da dificuldade dos solos. É, hoje, uma das principais cantoras de Belo Horizonte, atuando profissionalmente como solista e professora de canto. Destaco suas participações como solista na Missa em si menor, de J. S. Bach; no Requiem, de Mozart; e na Missa Afro-Brasileira, de Carlos Alberto Pinto Fonseca.



 Patrícia Cardoso Chaves – conheci essa cantora nos cursos da Escola de Música da UEMG. Logo se mostrou portadora de uma voz impressionante e carismática. Conhecida e querida nos meios musicais de Belo Horizonte, hoje é professora de canto na Escola de Música da Universidade de Ouro Preto. Destaco sua participação em Dido e Aeneas, de Purcell; no Requiem, de Mozart; na Paixão segundo São João, de Bach; e única na interpretação da Ave Maria, de Caccini.


Joubert Oliveira – sem comentários. Joubert cantou na minha formatura. A peça? A própria 7 Palavras. Um cantor iniciante, à época, e que se tornou um tenor sensacional e especial dentro do Madrigale e no cenário artístico da capital. Hoje, é o mais antigo dos cantores atuantes no coro. Destaco: Missa em si menor, de J. S. Bach; no Requiem, de Mozart; Messias, de Haendel.


Mauro Chantal – foi apresentado ao mundo dos solistas pela Missa em Sol, de Hostílio Soares. Sempre participou das montagens das 7 Palavras. Hoje é um renomado cantor já tendo se apresentado em óperas diversas e montagens sinfônicas das mais variadas.  Além disso, é professor de canto na Escola de Música da UFMG. Um bom percurso, não? Nem destaco nada, pois ele sempre chama atenção pela sua bela e potente voz de baixo.



Mariana Redd – a caçula dos solistas. Dotada de uma voz de colorido único e expressividade natural, assume a responsabilidade dos solos de contralto. Essa vale a pena conferir na próxima terça-feira. Quem estiver lá, verá. Ah! Sim. Cantora formanda na Escola da UEMG e participante de concertos no Coro Lírico de Minas Gerais.


Ah! E não posso me esquecer de quem nos acompanhará. Patrícia Valadão é uma das mais renomadas pianistas do país. Dispensa apresentações.

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