As 7
Palavras, de Hostílio Soares, é uma peça de força que confronta solistas e
coro. A tensão obtida na sua execução depende da interação dos mesmos, o que
descobri há muito tempo, logo nas primeiras apresentações da obra. Talvez essa
interdependência tenha ensinado aos coristas a compartilharem integralmente os
solos com os colegas. É necessário “cantar junto”.
Em se tratando de solistas, essa obra
sempre foi responsável, no Madrigale, pela apresentação de várias belas vozes
ao mundo musical. Como as apresentações foram, num certo momento da história do
coro, realizadas de maneira funcional, ou seja, cantada em cerimônias, os
solistas eram do próprio coro. Isso me ensinou a valorizar aqueles que se
iniciavam, e iniciam, na carreira musical.
Dos solistas dessa apresentação, todos
tiveram a oportunidade de começarem suas apresentações com uma boa participação
na obra de Hostílio. Perguntem a eles se gostam das 7 Palavras? Nossa
convivência, fortalecida pelas muitas apresentações, estreitou, ao longo do
tempo, nossas relações. Dos cinco, quatro são meus amigos-irmãos. A quinta
caminha para tal. Que é quem?
Aproveitando dessa justificativa,
permitam que eu apresente os solistas sob a perspectiva do maestro:
Indaiara Patrocínio – entrou para o
Madrigale no início dos anos 2000. Sempre se destacou como um soprano de
personalidade e disposta a assumir os solos mais difíceis, principalmente
porque era enganada pelo maestro e não tinha consciência da dificuldade dos
solos. É, hoje, uma das principais cantoras de Belo Horizonte, atuando
profissionalmente como solista e professora de canto. Destaco suas
participações como solista na Missa em si
menor, de J. S. Bach; no Requiem,
de Mozart; e na Missa Afro-Brasileira,
de Carlos Alberto Pinto Fonseca.
Joubert Oliveira – sem comentários.
Joubert cantou na minha formatura. A peça? A própria 7 Palavras. Um cantor iniciante, à época, e que se tornou um tenor
sensacional e especial dentro do Madrigale e no cenário artístico da capital.
Hoje, é o mais antigo dos cantores atuantes no coro. Destaco: Missa em si menor, de J. S. Bach; no Requiem, de Mozart; Messias, de Haendel.
Mauro Chantal – foi apresentado ao mundo
dos solistas pela Missa em Sol, de Hostílio Soares. Sempre participou das
montagens das 7 Palavras. Hoje é um renomado cantor já tendo se apresentado em
óperas diversas e montagens sinfônicas das mais variadas. Além disso, é professor de canto na Escola de
Música da UFMG. Um bom percurso, não? Nem destaco nada, pois ele sempre chama
atenção pela sua bela e potente voz de baixo.
Mariana Redd – a caçula dos solistas.
Dotada de uma voz de colorido único e expressividade natural, assume a
responsabilidade dos solos de contralto. Essa vale a pena conferir na próxima
terça-feira. Quem estiver lá, verá. Ah! Sim. Cantora formanda na Escola da UEMG
e participante de concertos no Coro Lírico de Minas Gerais.
Ah! E não posso me esquecer de quem nos acompanhará. Patrícia Valadão é uma das mais renomadas pianistas do país. Dispensa apresentações.
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