terça-feira, 22 de março de 2016

Paixão (Crucifica-o... ) (7)


Aqui vamos do momento da flagelação, da coroa de espinhos e do julgamento por Pilatos até a condução do Cristo ao Gólgota. A tensão musical aumenta, os recitativos se torna tensos e expressivos, e o coro assume o papel musical principal. Como não se assustar com a turba gritando "Crucifica-o". Observem:



EVANGELISTA: E os soldados trançaram uma coroa de espinhos, puseram-na sobre a sua cabeça, colocaram-lhe um manto de púrpura e disseram:
CORO: Salve, rei dos judeus!
EVANGELISTA: E davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu de novo e disse:
PILATOS: Vede, entrego-o a vós, para que saibais que não encontro Nele delito nenhum.
EVANGELISTA: Jesus saiu, usando a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse-lhes:
PILATOS: Vede, eis o homem!
EVANGELISTA: Quando o viram os príncipes dos sacerdotes e os servos, disseram gritando:
CORO: Crucificai-o, crucificai-o!
EVANGELISTA: Pilatos disse-lhes:
PILATOS: Levai-o e crucificai-o vós mesmos, pois eu não encontro Nele nenhum delito.
EVANGELISTA: Os judeus responderam-lhe:
CORO: Temos uma lei, e segundo essa lei Ele deve morrer, porque considerou-se a si mesmo como Filho de Deus.
EVANGELISTA: Quando Pilatos ouviu isto, atemorizou-se mais, voltou a entrar no pretório e disse a Jesus:
PILATOS: De onde tu és?
EVANGELISTA: Mas Jesus não lhe responde. Então, disse-lhe Pilatos:
PILATOS: Não me responde? Não sabes que eu tenho poder para crucificar-te e poder para soltar-te?
EVANGELISTA: Jesus respondeu:
JESUS: Tu não terias poder sobre mim se não o tivessem concedido a ti teus superiores; portanto, quem me entregou a ti tem maior pecado.
EVANGELISTA: A partir deste momento, Pilatos tentou deixá-lo em liberdade.

CHORAL: Graças ao teu cativeiro, Filho de Deus, recobramos nós a liberdade; a tua prisão é o trono da graça, o lugar da liberdade para todos os piedosos; pois se não tivesse aceitado a escravidão, a nossa duraria eternamente.

EVANGELISTA:  Mas os judeus diziam gritando:
CORO: Se o deixas em liberdade, não és amigo do César; pois quem se proclama rei atenta contra o César.
EVANGELISTA: Quando ouviu isto Pilatos, levou Jesus e sentou-se no tribunal, no lugar denominado Lajedo; em hebreu Gabbatha. Era a véspera da páscoa, pela hora sexta. Pilatos disse aos judeus:
PILATOS: Vede, eis o vosso rei!
EVANGELISTA: Mas eles gritavam:
CORO: Levai-o, levai-o e crucificai-o!
EVANGELISTA: Pilatos disse-lhes:
PILATOS: Hei de crucificar o vosso rei?
EVANGELISTA: Os sumo sacerdotes responderam:
CORO: Nós não temos mais rei que o César.

EVANGELISTA: Então, entregou-o para que fosse crucificado. Apoderaram-se de Jesus e levaram-no. Jesus, carregando a sua cruz, chegou ao lugar chamado Crânio, que em hebreu chama-se Gólgota.

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