Está chegando o concerto principal do
Coro Madrigale no período de Semana Santa, no qual será executada a obra As Sete Palavras de Christus Cruxificatum,
do compositor mineiro Hostílio Soares. Trata-se de um conjunto de sete peças
com o texto das últimas frases do Cristo na cruz. Obra amada pela maioria dos cantores
do Madrigale, cantada por várias formações ao longo da história do conjunto.
E como já faz um bom tempo que não conto
a história do meu envolvimento com essa peça musical, aqui vai: tudo começou em
1995, quando eu tive o contato com a partitura manuscrita das 7 Palavras,
escritas por ele em 1945 (primeira versão) e 1970 (segunda versão). Por ter
chegado atrasado em um aula de orquestração, meu professor Oiliam Lanna
resolveu me dar o “castigo” de orquestrar um peça que deveria ser cantada pelo
Coro Estável da Escola de Música da UFMG, no mês seguinte. Já que se tratava de
um compositor brasileiro, mineiro e desconhecido, ninguém queria “topar a
parada”. Como meu anjo de guarda é bom, me fez atrasar naquele dia para que eu
tirasse a sorte grande. Dali começou uma história de cumplicidade que gerou o
resgate não só das 7 palavras, mas também da Missa São João Batista, da Missa
Sábado Santo, da Sinfonia em Sol Maior (Krishnamurti), de várias canções, da
ópera A Vida, e, de quebra, ele foi o objeto da minha dissertação de mestrado.
Um envolvimento de longa data, com um
número de apresentações que já perdi a conta há um bom tempo. Sempre difícil de
apresentar por causa da emoção exigida e da dificuldade técnica, mas que vale
demais o desafio.
Em um próximo post, falarei sobre os solistas
que cantarão as palavras. Dessa vez,
teremos o acompanhamento de Patrícia Valadão.
Não percam!!!
Arte: Camila Malloy
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