sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Madrigale canta o mundo — um concerto de afetos e memórias

Há canções que atravessam o tempo. Elas nos esperam na curva das lembranças, guardam amores, viagens, danças, e voltam sempre que a vida pede um pouco de leveza... ou de agitação. Essas canções nos formaram, e é por isso que, quando as cantamos, algo nelas se transforma: o íntimo se torna coletivo, o afeto vira comunhão.

No concerto Madrigale canta o mundo (Madrigale Internacional), realizado no Teatro SESIMINAS, no dia 13 de junho de 2025, o coro se propôs a revisitar algumas dessas canções universais, não para repeti-las, mas para recriá-las em harmonia, entre a sofisticação coral e a emoção popular.

O programa trouxe clássicos como Bohemian Rhapsody (Queen), True Colors (Cyndi Lauper), How Deep Is Your Love (Bee Gees), Take On Me (a-ha) e All of Me (John Legend), canções que fizeram parte de muitas vidas, agora repensadas sob a luz coral, ganhando corpo e cor em vozes que se entrelaçam, através de arranjos escolhidos para mostrar o que um coro pode fazer com qualquer linguagem.

O Madrigale propôs mais do que um tributo à música pop: ofereceu uma travessia. Cada arranjo foi um gesto de escuta, escuta do tempo, do outro, de si.

Entre vozes que se fundiam e se separavam, o concerto celebrou a beleza do reencontro com o que permanece vivo dentro de nós. Foi uma noite para cantar com o coração, dançar com a lembrança e silenciar com a beleza. Um concerto de afetos, de presenças e de memória. O Madrigale cantou. O mundo escutou. E, por alguns instantes, tudo se curou através da música.

Para além disso, foi um concerto especialmente significativo, porque marcou uma despedida temporária dos palcos, um momento de pausa antes de novas travessias. Um adeus breve, cantado em muitas línguas, mas dito em uma só voz: a da emoção que permanece.

E assim começamos o concerto:

Madrigale Pop Internacional – 01. We Will Rock You


Aos poucos, nos próximos dias, vou falando sobre a produção e as peças cantadas.






 

Um comentário:

Anônimo disse...

Foi um momento que classifiquei como DIVINO!Saí daquela platéia com a alma leve e em êxtase pela beleza de um gigantesco trabalho de uma equipe coesa e fraterna. Mereceram todos os aplausos, abraços e parabéns!♥️👏🎵🎶 Rita Eneida

Madrigal Renascentista e a Fundação Gulbenkian — ecos de 1970

A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, é um dos grandes centros culturais e científicos da Europa. Criada em 1956, ela nasceu do legado ...